A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta sexta-feira (12), mandados de busca e apreensão contra uma assessora do ex-presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira (PP-AL) para investigar suspeitas de desvios de recursos por meio de emendas parlamentares. O alvo da operação é Mariângela Fialek, considerada braço-direito de Lira para a viabilização de emendas parlamentares.
A Operação Transparência foi autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PF. A Procuradoria-Geral da República (PGR) foi consultada e concordou com as buscas. A investigação que Mariângela é alvo teve início a partir de um depoimento prestado pelo deputado Glauber Braga (PSOL-RJ), que acusou Lira de manipular o orçamento secreto, esquema revelado pelo Estadão.
Policiais federais cumpriram dois mandados de busca e apreensão em Brasília, um deles no gabinete de trabalho de Mariângela na Câmara dos Deputados. Os crimes investigados são peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso e corrupção.
O deputado Arthur Lira foi procurado para comentar a operação. O Estadão busca contato com a assessora.
Quem é Mariângela Fialek
Conhecida entre os deputados pelo apelido de Tuca, Mariângela era considerada uma espécie de "gerente" do orçamento secreto durante a gestão do deputado Arthur Lira (PP-AL) na Presidência da Câmara dos Deputados. Ela foi assessora técnica da Presidência da Câmara durante a gestão de Lira. Atualmente, de acordo com o portal da Câmara dos Deputados, ela é lotada na liderança do PP.
Mariângela é considerada braço-direito de Lira para a viabilização de emendas parlamentares. Ela foi assessora técnica da Presidência da Câmara durante a gestão de Lira. Atualmente, de acordo com o portal da Câmara dos Deputados, ela é lotada na liderança do PP.
Servidora comissionada, Fialek já trabalhou com o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR). No governo do ex-presidente Michel Temer (2016-2018), atuou na Secretaria de Governo da Presidência da República. Sob Jair Bolsonaro, Fialek trabalhou no Ministério do Desenvolvimento Regional, na gestão do ex-ministro Rogério Marinho.
Chegou à Câmara em março de 2021, e passou a ser pessoa-chave na gestão do orçamento secreto na Presidência da Casa. Vários dos ofícios de deputados e senadores mudando a destinação de verbas da rubrica eram dirigidas a ela, e não ao relator-geral do Orçamento.
O deputado José Rocha (União-BA), ex-presidente da Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional, também foi ouvido pela Polícia Federal.
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.