A edição de 2025 do Exame Nacional do Ensino Médio acontece nos próximos dias 9 e 16 de novembro. Com as datas se aproximando cada dia mais, a maior parte dos estudantes passam a intensificar os preparatórios para a avaliação, que pode dar acesso ao ensino superior em diversas instituições e conceder o certificado de conclusão do ensino médio.
Mas, para se preparar da forma correta, é preciso saber como organizar os estudos para as quatro áreas de conhecimento que são cobradas nas 180 questões da prova. Linguagens, códigos e suas tecnologias e ciências humanas e suas tecnologias são os assuntos abordados no primeiro dia de avaliações, que exige uma redação. Já o segundo dia é delimitado por ciências da natureza e suas tecnologias e matemática e suas tecnologias.
O professor de linguagens Hélcio Aguiar, que vem ajudando estudantes piauienses a estudar para o Enem há vários anos, alerta que é necessário reajustar o cronograma de estudos de acordo com o calendário e a proximidade dos dias de prova, não deixando tudo para a última hora. Ele também reforça a importância de retomar o foco nos preparativos para a prova após o período de férias e descanso, que é essencial, mas que não deve atrapalhar os esforços.
“Muitos alunos saem de férias e percebem que só têm três meses para se preparar. É preciso entender que, a partir do calendário, [o estudante] tem que tomar algumas estratégias para que obtenha o resultado esperado, desejado por todos nós”, diz o professor.
Certamente, uma das partes mais temidas pelos estudantes no Exame Nacional é a redação, cobrada no formato de texto dissertativo-argumentativo, escrito a partir de uma situação-problema oferecida. Em 2024, dos mais de 3 milhões de estudantes que completaram os dois dias de provas, apenas 12.000 tiraram a nota máxima (1000 pontos) nessa parte da avaliação, o que representa apenas cerca de 0,4% dos participantes, nenhum deles no Piauí.
Para Hélcio Aguiar, esses dados mostram a necessidade de maior atenção a erros recorrentes na área de linguagens. “Vírgula, colocação pronominal, paralelismo, regência verbal e uso da crase. Se o estudantes resolver pelo menos três desses problemas, já consegue transformar aqueles 960 em 1000 pontos”, orienta.
O professor, que dá aulas para os ensinos fundamental e médio, além de cursos voltados especificamente para os participantes do ENEM, reforça que o domínio da norma culta e a coesão textual continuam sendo alguns dos principais desafios. Hélcio ainda destaca a importância de limitar o consumo de conteúdos rápidos em redes sociais e na internet como um todo. “Hoje, temos professores que mastigam tudo em vídeos curtos, mas o aluno precisa se aprofundar, pesquisar e não se satisfazer com apenas um minuto de explicação”, orienta.
É importante lembrar que, no Piauí, questões de linguagens têm peso 5 no cálculo da nota, ou seja, é a maior entre todas. Um erro na área é multiplicado por cinco. “A leitura, a análise linguística e a interpretação de texto são fundamentais, não só para as questões objetivas, mas também para a redação”, explica Hélcio Aguiar.
COMO SE ORGANIZAR
Para aqueles que estão nos preparatórios para a prova, o professor de linguagens recomenda o equilíbrio entre teoria, prática e disciplina, além de lembrar que a matriz do Exame Nacional é a mesma, mas a abordagem pode mudar com os anos. “É como um tripé: conteúdo, estratégia e constância. Não adianta só resolver provas antigas acreditando que a de 2025 será igual a de 2024. Se não houver preparo, o resultado decepciona”, diz.
Nos últimos meses de preparação, o professor ressalta alguns comportamentos que podem melhorar o resultado final no Enem. Conhecer bem a estrutura da prova e os gêneros textuais cobrados, reservar tempo para leitura crítica e interpretação, praticar redações semanalmente, organizar ideias e manter a constância nos estudos pode fazer toda a diferença. Mas a nota final do Exame Nacional é reflexo de um esforço coletivo.
Rebeca Negreiros, especial para o Portal O Dia, com edição de Isabela Lopes.
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