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Doença de Crohn: entenda o problema que matou ex-Menudo aos 48 anos

Adrián Olivares, ex-integrante do grupo porto-riquenho Menudo, faleceu na última segunda-feira (8), aos 48 anos, devido a complicações da doença de Crohn. O cantor mexicano foi diagnosticado com a condição há apenas uma semana e passou por uma cirurgia, mas nao resistiu às complicações.

Reprodução/Redes Sociais
Adrián Olivares, ex-integrante do grupo Menudo, faleceu na última segunda-feira (8)

A doença de Crohn é uma Doença Inflamatória Intestinal (DII) que provoca inflamação em várias partes do sistema digestivo, afetando principalmente o intestino delgado e o intestino grosso. A causa exata não é conhecida, mas fatores como predisposição genética, ambiente (incluindo dieta, tabagismo e medicamentos) e problemas no sistema imunológico estão envolvidos.

Nomeada pelo médico que a estudou pela primeira vez, o norte-americano Burrill Crohn, a condição pode atingir da boca até o ânus dos pacientes e causa fístulas de difícil cicatrização – caso não haja um tratamento adequado, elas jamais irão cicatrizar.

“Geralmente os pacientes se queixam de dor abdominal, que pode ser acompanhada de sangramento retal. A princípio, aparentam estar anêmicos, com perda de peso e quadro de emagrecimento, os quais se confundem com a AIDS e os levam até a perder o emprego e se afastar da família”, explica a gastroenterologista Joceli Oliveira.

Sintomas da Doença de Crohn

Os sintomas comuns da doença incluem:

O diagnóstico da doença de Crohn pode ser demorado, com pacientes levando em média dois anos desde o surgimento dos primeiros sintomas até a confirmação por exames. Não há cura para a doença, mas o tratamento visa controlar a inflamação, aliviar os sintomas e promover a cicatrização do intestino.

Joceli Oliveira ressalta que as pessoas com Crohn devem aderir ao tratamento, feito com um médico de confiança que as acompanharão pelo resto de suas vidas. Os medicamentos receitados são imunobiológicos e representaram uma revolução no combate à condição.

“Antigamente, elas recebiam remédios chamados de mesalazina, ou então corticoides, e conviviam com crises cada vez mais graves até a primeira cirurgia, na qual eram perfuradas por 20, 30 centímetros até o intestino. Hoje, os imunobiológicos trazem poucos efeitos colaterais e alguns estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS)”, enfatiza.

O tratamento inclui: