O registro de três mortes e outros casos em investigação acendeu um alerta sobre os riscos da bebida adulterada com metanol. De acordo com o governo do estado de São Paulo, desde junho deste ano, foram confirmados seis casos de intoxicação por metanol com suspeita de consumo de bebida adulterada.
O metanol, usado na indústria química e em combustíveis, não é destinado ao consumo humano, mas tem sido identificado em falsificações de bebidas alcoólicas. É altamente prejudicial quando é consumido por pessoas e pode levar à morte mesmo em doses pequenas. Saiba mais sobre como identificar as bebidas adulteradas, os principais sintomas em caso de intoxicação e a diferença entre metanol e etanol.
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A Secretaria da Saúde e órgãos de fiscalização reforçam a recomendação de que consumidores só adquiram produtos de fabricantes regularizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal. “A recomendação do CVS é que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos oferecidos, e que a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando opções de origem duvidosa e prevenindo casos de intoxicação que podem colocar a vida em risco”, diz a pasta.
O que é o metanol e por que é perigoso?
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o metanol é um composto químico da família dos álcoois, de fórmula CH3OH, utilizado na produção de solventes, adesivos, revestimentos e combustíveis. É altamente tóxico ao organismo humano e pode levar à morte mesmo em pequenas doses.
Enquanto o metanol é impróprio para consumo, o etanol é produzido a partir da fermentação de açúcares e está presente em bebidas alcoólicas em concentrações seguras. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estabelece limites mínimos apenas para traços inevitáveis de metanol em decorrência da fermentação, mas o uso deliberado da substância em bebidas é proibido.
O que é uma bebida adulterada?
Bebida alcoólica adulterada é aquela que não atende ao padrão legal definido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e que teve a sua composição modificada indevidamente, seja pela adição, retirada, substituição ou modificação de ingredientes que podem levar o consumidor a erro ou colocar sua saúde em risco.
Ao notar alguma diferença, o consumidor não deve realizar testes caseiros como cheirar, provar ou tentar queimar a bebida. Essas práticas não são seguras nem conclusivas. Em caso de ingestão e sintomas suspeitos, a orientação é buscar atendimento médico imediato.
Sintomas de intoxicação por bebida adulterada
Após o consumo, sinais como visão turva, dor de cabeça forte, tontura, náusea e rebaixamento do nível de consciência podem indicar intoxicação. Nesses casos, o consumidor deve procurar atendimento médico imediato.
Como identificar se a bebida é original
O Procon-SP orienta que o consumidor verifique sempre:
- Lacres e tampas alinhados e intactos;
- Rótulos sem erros de impressão ou desgaste;
- Informações como CNPJ, endereço do fabricante e número de lote;
- Ausência de variações em logos ou imperfeições na embalagem.
Também é recomendado desconfiar de preços muito abaixo do mercado, que podem indicar sonegação ou adulteração.
Com informações da Agência Brasil.
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