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Com aval da FFP, Ednaldo foi reeleito na CBF em meio a aumentos de salários e cortes na arbitragem

Reportagem da revista Piauí revela apoio unânime das federações, incluindo a do Piauí, que teve repasses elevados enquanto cortes afetaram o preparo de árbitros da Série A.

04/04/2025 às 14h55

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Em reportagem, a Revista Piauí revelou nesta sexta-feira (4) bastidores da gestão de Ednaldo Rodrigues à frente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A matéria aponta manobras e articulações que teriam favorecido sua reeleição, como o aumento de mais de 200% no repasse mensal aos presidentes das federações estaduais, de R$ 50 mil em 2021 para os atuais R$ 215 mil, com pagamentos de 16º salário. O valor também seria destinado ao presidente da Federação de Futebol do Piauí (FFP), Robert Brown Carcará.

Presidente da FFP,  Robert Brown se reúne com Ednaldo Rodrigues. - (Redes Sociais FFP) Redes Sociais FFP
Presidente da FFP, Robert Brown se reúne com Ednaldo Rodrigues.

As federações estaduais se recusaram a receber o candidato de oposição, Ronaldo Nazário, que precisava do apoio de pelo menos quatro entidades para formalizar sua candidatura. Por unanimidade, as entidades optaram por manter Ednaldo Rodrigues na presidência.

No início de março deste ano, pouco antes da eleição, Robert Brown Carcará, presidente da FFP, esteve no Rio de Janeiro com Ednaldo. Nas redes sociais, Brown anunciou que o Campeonato Piauiense de 2025 contaria, pela primeira vez, com o uso do árbitro de vídeo (VAR). "Mais tecnologia e transparência para as decisões dentro de campo", escreveu a FFP.

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A reeleição de Ednaldo ocorreu com o apoio integral das 27 federações estaduais e dos 40 clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro. Segundo a reportagem, houve episódios de favorecimento a dirigentes, como o caso de Roberto Góes, presidente da Federação Amapaense de Futebol e também vice-presidente da CBF. A confederação arcou com despesas de viagem e hospedagem de Góes e de seus familiares — esposa, filha e irmã — em São Paulo. A viagem foi motivada por um procedimento cirúrgico da esposa do dirigente e, mesmo após a operação, Góes solicitou e obteve autorização para estender a estadia em um hotel cinco estrelas no bairro Jardins.

O custo total da viagem chegou a R$ 114 mil, pagos pela CBF. Procurado, Ednaldo Rodrigues declarou que “as despesas dos familiares dessas pessoas (presidentes de federações) são por elas pessoalmente bancadas”.

Enquanto repasses vultosos são autorizados a federações e dirigentes, outras áreas da CBF têm enfrentado cortes. Segundo a reportagem, a entidade suspendeu as viagens aéreas e hospedagens de árbitros da Série A, que anteriormente realizavam treinamentos e avaliações físicas quinzenais no Rio de Janeiro. A justificativa foi de contenção orçamentária, e as avaliações passaram a ser feitas apenas por videoconferência.

O presidente da Federação de Futebol do Piauí (FFP), Robert Brown Carcará foi procurado por essa reportagem para comentar sobre o caso, mas até a publicação não obteve retorno do presidente.


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