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OMS reconhece eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho no Brasil

Os dados oficiais mostram uma queda de 13% no número de óbitos por AIDS entre 2023 e 2024, o que representa mais de mil vidas salvas

16/12/2025 às 14h00

O Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) pela eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho como problema de saúde pública. A informação foi divulgada pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, nesta segunda-feira (15), durante o programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov.

OMS reconhece eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho no Brasil - (Nathalia Amaral/O Dia) Nathalia Amaral/O Dia
OMS reconhece eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho no Brasil

Segundo Padilha, representantes do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e da OMS visitarão o país nesta semana para entregar a certificação formal ao governo brasileiro.

Ainda segundo o ministro, o reconhecimento é resultado da atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), da ampliação do acesso a testes rápidos nas unidades básicas de saúde, da testagem no pré-natal e da oferta de medicamentos às gestantes que vivem com HIV.

"Isso significa que o Brasil conseguiu eliminar a transmissão graças ao SUS, aos testes rápidos, ao pré-natal e ao tratamento disponível pelo SUS", disse o ministro.

Padilha relembrou que, décadas atrás, existiam apenas iniciativas filantrópicas para cuidar de órfãos de Aids. Na época, abrigos eram mantidos para receber bebês que haviam nascido com HIV e perdido os pais em decorrência da doença. "Felizmente, hoje não precisamos mais disso no país, nem da transmissão do HIV de gestante para bebê, comemorou Padilha.

Antes da adoção massiva de políticas de prevenção e do acesso universal aos antirretrovirais, a transmissão vertical representava um dos principais desafios da epidemia no Brasil. Dados do Ministério da Saúde e de organizações internacionais indicam que, sem qualquer intervenção, o risco de infecção do bebê variava entre 15% e 30%, podendo ocorrer durante a gestação, o parto ou a amamentação.

Em julho, o país apresentou um dossiê à OMS com dados do SUS, abrindo caminho para o reconhecimento internacional da transmissão vertical do HIV. Em dezembro, o Ministério da Saúde já havia notificado a eliminação da transmissão vertical e o alcance da menor taxa de mortalidade dos últimos anos.

Os dados oficiais mostram uma queda de 13% no número de óbitos por AIDS entre 2023 e 2024, o que representa mais de mil vidas salvas. O total de mortes passou de mais de 10 mil em 2023 para 9,1 mil em 2024, primeira vez que fica abaixo de dez mil em três décadas.


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Com supervisão de Nathalia Amaral