O mundo todo está voltado para as possibilidades que a Inteligência Artificial (IA) podem oferecer. Ferramentas como reconhecimento de voz, algoritmos de redes sociais e assistentes virtuais já fazem parte do nosso dia a dia. No entanto, estamos diante de um momento extraordinário da machine learning, com o desenvolvimento de máquinas e programas computacionais capazes de reproduzir o comportamento humano, não apenas na produção de conhecimento, mas na tomada de decisões e na análise de situações complexas.
Sebastião Rodrigues é mestre em Sistemas e Computação e avalia que o atual momento da evolução da Inteligência Artificial acontece em função do grande volume de conhecimento que foi possível armazenar ao longo de décadas dentro do ambiente digital. Isso permitiu que novas técnicas fossem criadas, para aproveitar melhor todo esse conhecimento.
“As ferramentas usadas no passado eram muito limitadas. Como hoje os recursos computacionais são mais abundantes, várias novas técnicas de machine learning foram criadas. O que se faz hoje é uma aprendizagem em cima de um grande volume de dados, com muito mais possibilidades”, explicou.
A Inteligência Artificial também vem provocando uma revolução no trabalho de edição de fotos e vídeos. A modificação, via edição, das expressões faciais, não é necessariamente uma novidade. A grande diferença é que agora existe uma maior precisão nesses movimentos, visto que há um algoritmo que treina uma rede neural capaz de mapear o rosto de uma pessoa, frame por frame. E os resultados são impressionantes.
Essa foi, inclusive, a técnica utilizada pela comunicação do Marcas Inesquecíveis para dar início à campanha de divulgação da edição 2023 do projeto. Branding e uma gestão aliada à tecnologia. É assim que o Marcas Inesquecíveis 2023 se apresenta ao público, trazendo pela primeira vez a Inteligência Artificial como ferramenta de aproximação entre os consumidores e as marcas que fazem parte do dia a dia deles.
Ícones que Marcam a Memória
A Inteligência Artificial é capaz de criar afetividade entre marcas e consumidores. E foi pensando nisso que o Marcas Inesquecíveis 2023 apostou na IA para trabalhar esse contato entre o público e as marcas que ele consome. Seguindo este planejamento estratégico de marketing, o maior evento empresarial do Piauí apresenta teasers que chamam a atenção e atiçam a curiosidade por trazerem dois ícones da História interagindo com o público.
Quem explica é o publicitário Matheus Emérito: “O Marcas passou quatro anos sem ser trabalhado por conta da pandemia e esse primeiro contato para reavivar essa memória do evento foi feito usando a Inteligência Artificial. No caso, utilizamos o slogan ‘Ícones que Marcam a Memória’ e trouxemos Monalisa e Santos Dumont. Um fala sobre seu segmento, que é a arte, e o outro fala sobre a aviação. São ícones que têm autoridade para falar sobre esses temas e reforçam essa ideia de relevância e autoridade que certas marcas têm em seus ramos de atuação. Todo o material está sendo produzido através da IA utilizando ferramentas inovadoras”.
Muitas marcas ao longo do tempo trabalharam essa gestão voltada para trazer uma imagem positiva, boa reputação, autoridade e relevância dentro do ambiente virtual e também fora dele. Com o passar dos anos, essas marcas se tornam ícones e conseguem ter seu reconhecimento apenas por um olhar, pelas características de cor e de formato. Ao chegarem ao ápice de sua gestão, essas marcas criam afetividade com o cliente.
A IA como ferramenta de aproximação entre empresas e clientes
Gerir uma marca hoje em dia está intimamente ligado à inovação, seja no momento em que o produto está sendo desenvolvido, seja na hora da entrega. Onde entra a Inteligência Artificial nisso? É que as ferramentas de IA podem, em um futuro próximo, ser algo presente em toda a cadeia de uma empresa.
As IA’s foram criadas para estabelecerem uma relação de pessoa para pessoa dentro de ambientes virtuais projetados justamente para relações interpessoais. A questão era: como criar proximidade com clientes e humanizar as marcas nas redes sociais? As primeiras ferramentas de IA foram aparatos de apoio para que as marcas se tornem “mais pessoas e menos corporativas e automatizadas”, para ter essa linguagem humanizada com seu público.
As primeiras ferramentas usadas na relação com o consumidor foram os chatbots que geram respostas automatizadas no Whatsapp e no Instagram. Elas, no entanto, evoluíram ao longo do tempo, e estão, hoje, em toda a cadeia das empresas, ultrapassando a barreira do virtual e da rede social.
“Essas IA’s permitem fazer com que a marca seja uma pessoa com uma grande memória. Algo que permita a essas marcas identificar o cliente, o local de onde ele fala, a demanda que ele tem para com a empresa e, claro, atende-lo de forma satisfatória. Tudo isso cria proximidade e permite que essa marca seja lembrada e, principalmente, se torne referência junto ao público na prestação de determinado serviço”, finaliza Matheus Emérito.
Com colaboração de Karliete Nunes